CARGA ROUBADA NO DF: POLICIA ESTOURA QUADRILHA QUE VENDIA PARA SUPERMERCADOS.
CARGA ROUBADA NO DF: POLICIA ESTOURA QUADRILHA QUE VENDIA PARA SUPERMERCADOS.
A Polícia
Civil desarticulou, na manhã desta quarta-feira (13/6), uma quadrilha
especializada em receber cargas que eram roubadas em rodovias do Entorno e
depois vendê-las, com notas falsas, a mercados espalhados pelo Distrito
Federal. Assim, produtos diversos, como alimentos e itens de higiene pessoal,
acabavam na casa dos consumidores como se fossem resultado de um comércio
regular. Existe a suspeita de que ao menos dois donos de mercados soubessem da
origem dos produtos e tenham envolvimento no esquema.

Flagrante deu início à investigação
A
investigação foi iniciada após uma prisão em flagrante, em 7 de março deste
ano, na qual policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais
(Corpatri) apreenderam cerca de 50 toneladas de mercadorias roubadas em um
galpão no Gama.
"Fizemos
um rastreamento das cargas roubadas em março e, após investigação, conseguimos
identificar os envolvidos no esquema", diz o delegado Marco Aurélio
Virgílio, chefe da Corpatri, que contou com o apoio da Secretaria de Fazenda do
DF, policiais das Divisões de Operações Especiais (DOE), de Operações Aéreas
(DOA) e do Instituto de Criminalística da Polícia Civil.
Segundo os
investigadores, o grupo era um verdadeiro centro de distribuição de cargas
abastecidas por assaltantes que agem principalmente no Entorno, às margens da
BR-060 e BR-153. O grupo preferia receber cargas roubadas em Goiás e
armazená-los em galpões alugados no DF para levantar menos suspeitas.
Venda em
mercados do DF
O comércio
das cargas roubadas era feito discretamente. A distribuição ocorria em oito
mercados, localizados em Santa Maria, Ceilândia, Samambaia e Gama. Os
pagamentos à organização criminosa eram feitos com dinheiro em espécie ou com
veículos, que eram revendidos por meio de procurações, a fim de dificultar o
rastreamento patrimonial e os ganhos financeiros do grupo.
Segundo o
delegado Virgílio, o grupo criava empresas de fachada para a emitir,
irregularmente, notas fiscais das mercadorias roubadas, que acabavam nas
prateleiras dos estabelecimentos comerciais. Ao longo de anos, oito empresas
foram abertas para a emissão das notas, sendo que sete delas estavam inativas.
"O
esquema tinha um ciclo de empresas, as quais eram sucessivamente descartadas e
criadas novas, para não chamar a atenção. Assim, identificou-se uma sucessão de
'laranjas' e 'testas de ferro', que figuram como sócios dessas empresas,
afastando-se cada vez mais dos verdadeiros responsáveis pelas práticas
criminosas", explica o delegado.
Para os
agentes da Corpatri, a contínua abertura de empresas demonstra que o objetivo
final era a emissão de notas fiscais com dados falsos, o que configura diversas
fraudes cometidas pela quadrilha. Os envolvidos responderão por organização
criminosa, lavagem de dinheiro, receptação qualificada e falsidade ideológica.
Juntas, as penas podem chegar a 31 anos de prisão.
Outro caso
Na
segunda-feira (11/6), policiais militares do DF e de Goiás, e a Polícia Civil
de Goiás desarticularam um grupo especializado em roubo de carga. Os suspeitos
mantinham uma casa em Águas Lindas (GO) e um galpão em Ceilândia. Quatro
pessoas - três homens e uma mulher - acabaram presos, suspeitos de integrarem
uma quadrilha especializada no crime, que contaria com cerca de dez pessoas.
Os presos
tinham antecedentes criminais, sobretudo por roubo de carga. Um tinha um mandado
de prisão em aberto por roubo a carga. Conforme apuração policial, eles eram
violentos durante as ações. O grupo mantinha os motoristas dos caminhões em
cativeiro, sob ameaça. A liberação só ocorria após a mercadoria chegar ao
galpão em Ceilândia, onde era guardada.
Correio Braziliense-DF
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