RIO MADEIRA EM RONDÔNIA-RELATO IMPRESSIONANTE DAS CHEIAS E SEUS ENORMES PREJUÍZOS, COMO VOCÊ NUNCA VIU!
CONTRASTES DO BRASIL: ENQUANTO O PAÍS TODO SE ESBALDA COM A COPA DA FIFA, VAI TER, NÃO VAI TER, E APÓS 3 MESES DE CHUVAS TROPICAIS PESADAS, OLHA SÓ O QUE ACONTECEU COM A REGIÃO AMAZÔNICA, EM ESPECIAL, O ESTADO DE RONDÔNIAAPÓS QUASE TRÊS MESES DE CHEIA, RONDÔNIA COMEÇA A CONTABILIZAR PREJUÍZOS.
Após quase três meses de cheia, o Rio Madeira baixa mais de um metro e a
população Rondônia começa a contabilizar os prejuízos.
O pico histórico foi registrado no dia 30 de março, com 19,74 m.
CENÁRIO DA
CHEIA
INÍCIO DA
CHEIA ANTECIPADA
Anualmente, com o período de chuvas na região amazônica –
dezembro a abril -, o nível do Rio Madeira aumenta. O rio atinge o máximo em
abril. A cheia deste ano, ao contrário, começou a preocupar as famílias desde
dezembro de 2013, quando atingiu a cota de 14,12 m, cinco metros acima que o
mesmo período do ano anterior. O Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) já
sinaliza maior risco de inundações e desmoronamentos para quem mora em bairros
próximos ao Madeira.
No dia 27 de dezembro de 2013, o rio atingiu 14,12 m e foi
decretado estado de alerta. No dia 7 de fevereiro de 2014, o Rio Madeira chegou
à cota de 16,45 m e a prefeitura de Porto Velho decretou estado de emergência.
No dia 26 de fevereiro, o prefeito de Porto Velho decretou estado
de calamidade pública em Porto Velho. O nível estava em 18,60 m.
CHUVA NA
REGIÃO ANDINA DA BOLÍVIA E DO PERU
Em 19 de fevereiro: A cota do rio Madeira na parte da manhã
atingiu 17,81 m e faz cinco dias que não chove nas cabeceiras do rio Madeira,
na região andina da Bolívia e do Peru. Estas chuvas têm influência direta na
cheia do rio, que seria no final do período chuvoso, em março, fazendo
com que a cota subisse antecipadamente.
De acordo com a coordenadora de Operações do Sipam
(Sistema de Proteção da Amazônia), Ana Cristina Strava, as ocorrências pluviais
registradas nas nascentes demoram até 10 dias para chegar em Porto Velho. Há
uma previsão de chuva forte nas nascentes que deverá refletir em um aumento do
nível das águas, o chamado repiquete, depois do carnaval.
CONSEQUÊNCIAS
O rio Madeira está continua fora da calha e várias regiões
foram alagadas e moradores foram retirados de suas casas e levados para abrigos
improvisados em escolas.
Em 20 de fevereiro, a estrada BR-364 está interditada
para carretas que fazem o transporte de gêneros alimentícios, gás de cozinha e
combustíveis desde Porto Velho até o Estado do Acre. O rio atingiu sua marca
histórica, em 21 de fevereiro, 18,01 m, segundo aferição da Defesa Civil
do Estado. Há 30 dias, não há sinal de estabilização ou diminuição da cota, que
aumentou 45 centímetros em menos de uma semana.
ÁGUAS DE RIOS BOLIVIANOS QUE NÃO PARAM DE SUBIR PODEM INUNDAR
RONDÔNIA
Os rios Madeira, Mamoré, Araras e Guaporé, que já estão
transbordando em Rondônia, vão subir ainda mais. A imagem feita pelo satélite
AQUA da Agência Espacial Americana (NASA) de 20 fevereiro, mostrou a
dimensão da enchente dos rios Beni e Madre de Dios, na altura de Riberalta, no
departamento boliviano de Beni.
Os rios estão totalmente fora de seus leitos e com áreas
alagadas que variam de 50 e 400 quilômetros de distância das margens.
Comunidades, aldeias e cidades estão completamente isoladas, principalmente em
Beni. A chuva volumosa de até 150 milímetros que caiu nas cabeceiras do rio
Beni deve aumentar ainda mais a enchente e como consequência, os rios Mamoré e
Madeira, principalmente, tendem a subir até domingo, 23 de fevereiro.
CENARIO DA CHEIA EM MARÇO
A cheia dos rios na região Norte do país já afeta cidades no
Amazonas, Pará, Rondônia e Acre. Mais de 22 mil famílias estão desalojadas,
desabrigadas ou ilhadas em casa.
Em Porto Velho, o nível do rio Madeira bateu novo recorde
histórico (19,04 m) e afeta diretamente 2.256 famílias. Desde o fim de
fevereiro, a capital de Rondônia está em estado de calamidade pública.
A cheia também obstrui as principais rodovias federais da
região, como a BR-364 (a água está acima de 1 metro) , único acesso por
terra ao Acre, que sofre com a falta de abastecimento de alimentos e
combustível. Além de alta nos preços, há escassez de determinados alimentos em
alguns estabelecimentos do Estado.
PREJUIZOS ESTIMADOS E DESABRIGADOS
Segundo o governo de Rondônia;
■ perdas com a agropecuária somam quase R$ 1 bilhão,
■40 mil pessoas estão desabrigadas
■e 31 prédios públicos foram danificados, gerando um prejuízo
de R$ 300 milhões.
DOENÇAS
O diretor-geral do Laboratório Central de Rondônia (Lacen),
Luiz Tagliari afirmou houve um aumento de mais de 300% de casos de leptospirose
nos primeiros 72 dias deste ano, comparando mesmo período de 2013. "Certamente
teremos um surto da doença em no máximo 60 dias”, enfatizou Tagliari.
Já a Agência Estadual em Vigilância em Saúde (Agevisa) diz
que está realizando ações de prevenção de doenças desde o início de fevereiro,
mas ressalta que ainda não é possível saber se houve aumento de casos de
malária, diarreias, dengue, entre outros, por causa da cheia. "Estamos
trabalhando em parceria com a Funasa e o município de Porto Velho e todos estão
sendo atendidos, com prioridade para prevenção de leptospirose, leishimaniose,
dengue e toda a enchente de um modo geral", explica Arlete Baldez,
coordenadora da Agevisa.
DIFICULDADE DE ABASTECIMENTO
A Defesa Civil informa que não foi registrada falta contínua
de produtos nos municípios afetados pela enchente. Apenas em Guajará-Mirim e
Nova Mamoré que há dificuldade por causa do tráfego pela rota alternativa
criada após o isolamento dos dois municípios. A BR-425, que liga Porto Velho
até a fronteira com a Bolívia está coberta pela água do Madeira.
Alimentos e água mineral estão sendo armazenados pela
Defesa Civil para dar assistência aos desabrigados. Foram distribuídos mais de
300 mil litros de água e mais de 8 mil toneladas de alimentos para os
desabrigados, diz a Defesa Civil Municipal.
RIO MADEIRA NÃO PARA DE SUBIR E REGISTRA NOVO RECORDE
O Rio Madeira não para de subir em Porto Velho, e atingiu a
marca recorde de 19,42 m na parte da manhã, 22 de março, segundo aferição
da Agência Nacional de Águas (ANA). O recorde histórico havia sido registrado
em 1997, quando ficou 17,52m acima do nível normal.
DESABRIGADOS EM 22 DE MARÇO
Segundo a Defesa Civil estadual, mais de 12 mil pessoas foram
afetadas pelas cheias em Rondônia, principalmente na capital, Porto Velho, e
entorno, onde há 1.752 famílias desalojadas e 873 desabrigadas. Outras cidades
bastante afetadas são Guajará-Mirim e Nova Mamoré.
NA MANHÃ DE SEGUNDA-FEIRA, 24 DE MARÇO, O RIO ATINGIU A COTA
DE 19,54 METROS.
O número de famílias atingidas (desabrigadas e a desalojadas)
aumentou de 2.702 para 3.311, informou o comandante do Corpo de Bombeiros de
Rondônia, que coordena a Defesa Civil Estadual. O acesso ao Acre pela BR-364
permanece fechado, com lâminas de águas que chegam a 1,5 metro na altura da
comunidade de Nova Mutum (RO), a 128 quilômetros da capital.
Estimamos em 16.555 o número de pessoas afetadas diretamente
e que foram obrigadas a deixarem suas casas em Porto Velho e 11 distritos; Nova
Mamoré; Guajará-Mirim; e Rolim de Moura, calcula a Defesa Civil. O Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) trabalha com uma média de 5
pessoas por família
RIO MADEIRA SOBE AINDA MAIS E ENCOBRE 50% DE HUMAITÁ (AM)
O Rio Madeira atingiu na sexta-feira, 28 de março, o nível de
25,35 metros, o maior em mais de cem anos, e já encobriu quase 50% da área
urbana da cidade de Humaitá, no sul do Amazonas, a 600 km de Manaus. É a cota
mais alta do rio ao longo de todo o percurso amazônico. Em Porto Velho (RO),
que também está alagada, o nível do rio estava a 19,66 metros.
Humaitá tem 46 mil habitantes e contabiliza mais de 20 mil
desabrigados. Nove dos 13 bairros estão tomados pela água e a população sofre
com a falta de combustível - pelo menos dois postos estão submersos -,
alimentos e apagões de energia elétrica. As escolas que não estão alagadas
foram transformadas em abrigo para os flagelados, por isso o ano letivo ainda
não começou. A maior parte do comércio está paralisada e os barcos se
transformaram no único meio de locomoção. Com as rodovias de acesso tomadas
pela água, a cidade está ilhada.
Na cidade, multiplicam-se os casos de doenças transmitidas
pela água. Os poços artesianos foram encobertos e contaminados. O Hospital
Regional está superlotado com 600 pacientes acometidos de virose, febre e
diarreia, além de 60 casos de dengue e pelo menos um já confirmado de
leptospirose. A Marinha enviou um navio-hospital para atender a população
ribeirinha. Segundo o prefeito da cidade, comunidades rurais estão
completamente isoladas e sem combustível para chegar de barco à
cidade.
OUTROS MUNICÍPIOS AMAZONENSES DA CALHA DO MADEIRA ESTÃO EM
ESTADO DE EMERGÊNCIA.
Estado de Amazonas
■Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte, que
tiveram a situação de emergência reconhecida pelo Estado.
■A rodovia Transamazônica está alagada em um trecho de trinta
quilômetros entre Humaitá e Apuí.
■As ligações com Porto Velho e Lábrea também são precárias.
■Guajará, Ipixuna, Canutama e Boca do Acre tiveram decretado
estado de emergência.
Estado de Rondônia
As cidades de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Rolim de
Moura, Ji-Paraná, Extrema, Mutum e Cacoal também foram atingidas pelas águas do
Madeira e de seus afluentes. Mais de 20 mil pessoas estão desabrigadas ou
desalojadas. O tráfego em algumas das principais rodovias do Estado, como a
BR-364 e a BR-319, está interrompido. Nas regiões alagadas, surgem surtos de
doenças. Foram diagnosticados casos de leptospirose, febre tifoide e há dois
casos suspeitos de cólera em Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho.
EM RONDONIA, O RIO MADEIRA APRESENTA SINAIS DE BAIXA APÓS
ATINGIR 19,74 METROS
O Rio Madeira começa a dar os primeiros sinais de baixa após
atingir 19,74 m, no domingo, dia 30 de março, conforme aferição da Agência
Nacional de Águas (ANA). Segundo o Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), as
chuvas que ainda caem sobre a região na bacia dos rios Bene, Madre de Dios,
Guaporé, Mamoré foi o que mais influenciou este aumento histórico do nível do
Madeira.
DESABRIGADOS
Com a enchente do Rio Madeira, cerca de 25 mil pessoas foram
atingidas e estão espalhadas entre abrigos, casas de parentes e amigos. No
Baixo Madeira, muitos distritos de Porto Velho foram inundados e milhares de
pessoas abandonaram suas casas. O distrito São Carlos foi 100% atingidos e
várias famílias passaram a viver em casas flutuantes.
A estrada BR-364, única via de acesso ao Acre, continua
bloqueada por apresentar seis pontos de alagamento e por causa da forte
correnteza, as balsas não têm força para subir o rio na região da comunidade
Palmeiral, distante cerca de 130 quilômetros de Porto Velho. Próximo a essa
região, em Velha Mutum, a água chegou a ultrapassar 1,5 metro da rodovia, o que
deixou vários motoristas ilhados.
DECRETADO ESTADO DE CALAMIDADE PUBLICA EM RONDÔNIA
O governador de Rondônia decretou estado de calamidade
pública devido à cheia do Rio Madeira que atinge a capital, Porto Velho, e pelo
menos outros seis municípios no norte do Estado. O decreto, publicado na
sexta-feira, 4 de abril, autoriza o governo a contratar serviços emergenciais
com dispensa de licitação e convocar voluntários para frentes de trabalho nos
cenários de desastres.
De acordo com novos números da Defesa Civil, 25 mil pessoas
foram atingidas pela cheia no Estado. Pelo menos cinco mil estão desalojadas ou
desabrigadas. Várias rodovias da região estão interditadas ou com trânsito
precário. A BR-364, única ligação com o Estado do Acre, está encoberta pelas
águas. A forte correnteza dificulta a navegação das balsas, que se converteram
no principal meio de transporte.
Homens da Força Nacional de Segurança devem permanecer mais
60 dias em ações de defesa civil e segurança nas áreas atingidas pela cheia do
Madeira. O novo prazo foi estabelecido em portaria do Ministério da Justiça,
publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União. As tropas
ajudam no controle e segurança das rodovias e no resgate e transferência de
famílias que estão ilhadas.
BALANÇO PARCIAL DA CHEIA
Cerca de 30 mil pessoas foram atingidas e estão espalhadas
entre abrigos, casas de parentes e amigos. No Baixo Madeira, muitos distritos
de Porto Velho foram inundados e milhares de pessoas abandonaram suas casas. O
distrito São Carlos foi 100% atingido e várias famílias passaram a viver em
flutuantes.
As cidades atingidas pela cheia histórica do Madeira nas
últimas semanas são: Nova Mamoré, Cacoal, Candeias do Jamari, Guajará Mirim,
Jaru, Costa Marques e Pimenta Bueno. Nestas regiões, exceto Porto Velho e seus
distritos, o Corpo de Bombeiros e a Força Nacional contabilizam 1.625 famílias
diretamente afetados, sem condições de permanecer em suas casas.
A BR-364 foi parcialmente liberada para passagem de caminhões
na quarta-feira, 9 de abril. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Rondônia e o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fiscalizam o
trecho alagado da rodovia, em Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho distante
cerca de 90 quilômetros.
Representantes dos dois órgãos percorreram a região e
constataram que a lâmina d’água, que chegou a 1,60 m o acima da pista em março,
reduziu consideravelmente e está em 66 centímetros, em um trecho de três
quilômetros. A cheia histórica do Rio Madeira bloqueou o único acesso terrestre
ao Acre no dia 26 de março.
APÓS QUASE TRÊS MESES DE CHEIA, RONDÔNIA COMEÇA A
CONTABILIZAR PREJUÍZOS
Após quase três meses de cheia, o Rio Madeira baixa mais de
um metro e a população Rondônia começa a contabilizar os prejuízos. O
pico histórico foi registrado no dia 30 de março, com 19,74 m.
Em 16 de abril, a cota do Rio Madeira atingiu 18,67 m.
No total, já são quase 30 mil pessoas atingidas pela enchente e que devem
continuar vivendo em abrigos por pelo menos, mais 90 dias. No Baixo Madeira,
São Carlos, distrito de Porto Velho, continua submerso e deve desaparecer,
segundo a Defesa Civil Estadual.
A estrada BR-364, única via de acesso terrestre ao Acre, o
trânsito está fluindo com restrições, segundo o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transporte (Dnit). O local passou mais de 60 dias
interditado. Para verificar os prejuízos e as ações que deverão ser feitas,
equipes do órgão juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fazem uma
avaliação da pista. Na região de Mutum Velha e Palmeiral, entre os quilômetros
861 e 877 da rodovia, ainda há uma lâmina d’água de cerca de 40 centímetros. Fabiano
Cunha, superintendente do Dnit em Rondônia informa que o órgão está monitorando
a rodovia e pede que os motoristas só tentem a travessia para o Acre em caso de
extrema necessidade. "Nós ainda não podemos garantir a segurança durante o
dia, muito menos a noite", afirma.
Com a baixa no nível do rio, a preocupação é o período
pós-cheia. Técnicos da Força Nacional do SUS devem chegar ao estado para montar
hospitais de campanha nos sete principais distritos atingidos: Calama, São
Carlos, Nazaré, Jacy-Paraná, Abunã, Cuniã e Nova Califórnia. A data da chegada
ainda não foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com dados da secretaria, até o dia 10 de abril, dos
106 casos suspeitos de leptospirose dentro de Porto Velho, 24 foram confirmados,
sendo três mortes registradas. De janeiro a março de 2014 a incidência de
malária atingiu 933 pessoas
ABRIGOS
Cerca de 63 abrigos no estado entre escolas municipais,
estaduais e igrejas estão sendo utilizados para abrigar atingidos, segundo o
governo. Foram montadas, no Parque dos Tanques, 500 barracas no chamado Abrigo
Único, que foram cedidas pelo governo federal. Cerca de 100 famílias foram
transferidas para o abrigo. A transferência está sendo realizada por etapas.
Nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, que ficaram
parcialmente isolados por cerca de 60 dias, a água começou a baixar. Em
Guajará-Mirim 60 famílias estão desabrigadas e 843 desalojadas. Em Nova Mamoré
são 24 desabrigadas e 77 desalojadas.
RECONSTRUÇÃO DE RONDONIA APÓS CHEIA RECORDE
O Governo de Rondônia estima em mais de R$ 5 bilhões o custo
para reconstrução das áreas atingidas pela cheia histórica do Rio Madeira, que
afetou, principalmente, os municípios de Porto Velho, Nova Mamoré e
Guajará-Mirim. As três cidades têm estado de emergência reconhecido pelo
governo federal. A projeção leva em conta custos com infraestrutura, saúde e
ações sociais – mais de 30 mil pessoas foram atingidas, entre desabrigados e
desalojados.
PREJUIZOS ECONÔMICOS
Os prejuízos econômicos são estimados em mais de R$ 3,6
bilhões com perdas, principalmente, na agropecuária e comércio.
Os dados da Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos
(Seae) revelam que mais de 4,5 mil instalações públicas foram afetadas, como
escolas, repartições, ginásios, entre outros. Os prejuízos econômicos do estado
representam, até o momento, mais de R$ 642,2 milhões.
Segundo o governo, os dados divulgados, até o momento, são
projeções e estimativas levantadas no período de cheia do rio para o decreto de
estado de calamidade pública. Estes números devem sofrer alterações com a
redução do nível do rio, deixando mais visíveis os prejuízos, principalmente
com relação à infraestrutura.
De acordo com a Seae, os prejuízos privados (comércio e
indústria) apenas dos municípios de Porto Velho e Nova Mamoré correspondem a R$
1,2 bilhão.
Com relação a Guajará-Mirim, onde o setor de hotelaria e
comércio movimenta grande parte da economia local, tendo em vista o grande
número de turistas que atravessam a fronteira para a Bolívia, este dado ainda
não foi contabilizado.
AGRICULTURA E PECUÁRIA
Segundo levantamento, somente na agricultura e pecuária
dos municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim e Nova Mamoré, os prejuízos
somaram mais de R$ 613,3 milhões. Laticínios, rebanhos e lavouras inteiras
foram perdidos. Com relações aos danos ambientais – áreas devastadas e contaminadas
– o governo informou que o prejuízo é "incalculável".
Comentário: O PIB do Estado em 2012 – 28 bilhões de reais (Seplan, RO).
Os prejuízos equivale a 30% do PIB. É uma catástrofe e deve afetar
por vários anos o crescimento econômico do Estado.
O RIO MADEIRA CONTINUA BAIXAR
Em 3 de maio, o Rio Madeira baixou registrou a cota de
17,46 m, de acordo com aferição da Agência Nacional de Águas (ANA), mais
de dois meses após superar a marca histórica de 17,52 m, registrada em 1997. A
limpeza das áreas afetadas segue conforme a água vai baixando e ruas e avenidas
bloqueadas também estão sendo liberadas, de acordo com as condições da pista.
Zona de Risco <acca1363@yahoo.com.br>
e: G.1
e: G.1
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