SE DEPENDER DO GOVERNO, ATÉ AREIA DO DESERTO ACABA!
Foi Milton Friedman quem certa vez disse que “se você colocar
o governo no controle do Deserto do Saara, em cinco anos haverá escassez de
areia”.
O grande economista não estava apenas querendo ser engraçado; ele
estava alertando para a seriedade desse grande problema que é o gerenciamento estatal
dos recursos.
Somente quando algo é propriedade privada é que haverá custos
inerentes ao seu uso, de modo que sua exploração será racional. Por exemplo,
pense na diferença entre o que acontece quando uma madeireira é dona de
sua própria terra vis-à-vis quando ela faz uma locação de curto prazo para
explorar uma terra cujo dono é o estado.
Quando uma empresa é dona de sua própria terra, ela possui
vários incentivos para cuidar muito bem daquela terra. Sua preocupação é com a
produtividade de longo prazo. Assim, ela vai ceifar apenas um número limitado
de árvores, pois não apenas terá de replantar todas as que ceifou, como também
terá de deixar um número suficiente para a colheita do próximo ano. E ela terá
esse incentivo para conservar a natureza justamente porque está pensando no
lucro.
Já quando a madeireira possui um arrendamento de curto prazo,
seu incentivo é ceifar o máximo de árvores o mais rápido possível antes que o
período de locação expire.
No Quênia, grupos de conservação e as Nações Unidas
pressionaram o governo para proibir o comércio de marfim. Após a proibição,
entretanto, o número de elefantes continuou diminuindo devido às caças ilegais
(que são difíceis e caras de se controlar).
Se as pessoas pudessem criar elefantes e vender suas presas
-- como o próprio governo do Zimbábue fez no final de década de 1970, o que
gerou um aumento estrondoso do número de elefantes --, a quantia de presas de
elefante que haveria seria igual à demanda por elas. Não haveria preocupações
quanto a uma possível escassez desse item, assim como não há escassez de carne
de boi, frango ou porco.
No Zimbábue e em Botswana, sendo em ambos permitida a caça de
elefantes, o número de elefantes tem crescido a 5% ao ano.
Durante os anos
1980, a população de elefantes quenianos caiu de 65 para 19 mil, ao passo que
no Zimbábue a população cresceu de 30 para 40 mil.
Mercados saudáveis só existem quando determinadas regras são
impingidas e respeitadas. E as três principais regras para a existência de
mercados saudáveis são: propriedade privada, preços livres, e lucros. Essas são
as condições básicas para que ocorram transações comerciais. Nesse equilíbrio
criado pelos preços livres, pela propriedade privada e pelo lucro, os mercados
equilibram uso e conservação. Sem esses três fatores, não é possível existir um
mercado saudável. Sem eles, não haverá conservação da natureza.
De: Mises.Com.
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