OPERÁRIOS DA INDUSTRIA AUTOMOBILÍSTICA PROCURAM FUGIR DA CRISE EM SEUS EMPREGOS.

10:03 Carlos Alberto, ˜Karlão Sam˜. 0 Comments

OPERÁRIOS DA VOLKSWAGEN EM TAUBATÉ REJEITAM CONGELAR SALÁRIOS


SÃO PAULO  -  Trabalhadores da Volkswagen na fábrica de Taubaté, no interior paulista, rejeitaram hoje a proposta apresentada pela montadora que previa congelamento dos salários e outras medidas para evitar demissões na unidade, onde é produzido o subcompacto Up!, além do sedã Voyage e o hatch Gol.

Segundo o sindicato dos metalúrgicos da região, cerca de 90% dos operários reprovaram o acordo coletivo negociado nos últimos três meses com a montadora durante assembleia conjunta das equipes do primeiro e segundo turno. A entidade diz que vai notificar a empresa sobre o resultado da votação e se coloca à disposição para discutir uma nova proposta.

A Volks não vai se manifestar sobre a decisão dos trabalhadores. Na quarta-feira, porém, informou que vinha negociando com o sindicato uma “proposta balanceada” para adequar a estrutura de custos e efetivo na fábrica de Taubaté, assegurando assim a sustentabilidade do negócio.

A pauta reprovada hoje buscava revisar um acordo celebrado há mais de três anos e que estabelece aumento dos salários de 2% acima da inflação em março de 2016. A ideia da montadora era trocar esse reajuste por um abono, não incorporado ao salário, de R$ 8,8 mil.

Fora isso, a proposta incluía mecanismos para a companhia administrar o excesso de mão de obra na fábrica, estimado em 500 trabalhadores, ou cerca de 11% do efetivo de 4,5 mil funcionários. Além do “layoff” (suspensão temporária de contratos de trabalho), ferramenta já usada em Taubaté, o pacote previa a abertura de um programa de demissões voluntárias (PDV), incentivos à antecipação de aposentadoria e a possibilidade de adesão ao PPE, o programa de proteção ao emprego que permite às empresas reduzir temporariamente em até 30% jornadas e gastos com salários, em troca da garantia de manutenção dos empregos.

METALÚRGICOS DA GM EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ENTRAM EM GREVE
SÃO PAULO  -  Os metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) entraram em greve por tempo indeterminado contra as demissões feitas pela montadora no fim de semana. A paralisação foi aprovada em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira, que contou com a presença de pelo menos 4 mil trabalhadores. A GM de São José possui cerca de 5,2 mil empregados e produz a picape S10 e o utilitário esportivo Trailblazer, além de motores, transmissão e kits para exportação.

Conforme o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, no fim da assembleia, trabalhadores demitidos rasgaram os telegramas que comunicavam os cortes e foram enviados no sábado pela GM. Os metalúrgicos pedem a reversão das demissões e estabilidade no emprego.

“Até agora a GM não informou qual o número de demissões, mas no domingo cerca de 250 pessoas participaram da assembleia dos demitidos convocada pelo sindicato”, informou em nota a entidade.

Os 750 trabalhadores da fábrica que estavam com o contrato de trabalho suspenso (em “lay-off”) desde março retornariam às suas posições nesta segunda-feira, mas também aderiram à greve. “A princípio, eles não devem estar na lista dos demitidos, porque têm estabilidade garantida pelo acordo assinado entre GM e sindicato”, informou a entidade.

O sindicato também quer pressionar o governo federal a adotar medidas imediatas que revertam as demissões, sob a alegação de que o setor automotivo foi amplamente beneficiado com isenção de impostos pelo governo. Para a entidade, que é contrária ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), essa medida reduz salários e não evita demissões.


“Não vamos pagar pela crise criada pelo governo. A saída para a classe trabalhadora é a luta e a greve iniciada hoje mostra que os metalúrgicos estão dispostos a lutar”, afirmou, na nota, o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, conhecido como Macapá. 

ESTADÃO.

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