Micro e pequenas empresas lideram geração de emprego em maio
Assim como verificado em abril, as pequenas empresas responderam por mais de 90% do saldo positivo de geração de emprego no país.
Em maio, pelo segundo mês seguido, o Brasil registrou um saldo positivo na geração de vagas de emprego. Ao todo, ao longo do mês passado, foram criados 34,2 mil postos formais a mais do que demissões.
E essa marca positiva se deve, em grande parte, às micro e pequenas empresas (MPEs).
Para ser mais exato, 91% dessa marca se deve aos pequenos empreendimentos. Isso porque, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, dos pouco mais de 34 mil empregos, as micro e pequenas companhias responderam por 31,2 mil.
Já as médias e grandes empresas foram responsáveis por 2 mil postos, enquanto que a administração pública abriu 955 vagas.
O resultado foi destacado pelo presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. “O número de postos de trabalho criados pelos pequenos negócios é 15 vezes superior ao das empresas de médio e grande portes. Mais uma vez, as micro e pequenas empresas puxaram a geração de empregos no Brasil”.
Quando disse “mais uma vez”, Domingos não estava apenas fazendo uso de uma forma de se expressar: em abril, quando o país teve um saldo positivo de 59,8 mil novas vagas de trabalho, as micro e pequenas empresas responderam por 54,9 mil (92%) delas.
Mais do que isso, levando em conta os números de janeiro até maio, as MPEs somam um saldo positivo de 135,9 mil postos de trabalho contra 127,4 mil das médias e grandes companhias.
À titulo de comparação, após os cinco primeiros meses de 2016, o saldo das pequenas companhias era negativo em 72,9 mil.
Ao analisar os dados de maio, é possível verificar que o setor de Agropecuária foi o que mais gerou empregos entre as MPEs, com a contratação de 26,5 mil trabalhadores formais.
Em segundo lugar figurou o setor de Serviços, com um saldo positivo de quase 12 mil vagas. Esse setor, aliás, é o que conta com o melhor desempenho entre as pequenas companhias até o momento, já que, entre janeiro e maio, já criou 111,4 mil novos postos.
Logo após, aparece a Construção Civil, com a criação de 2,4 mil empregos ao longo de maio.
Por outro lado, a Indústria (-6 mil), o Comércio (-3,9 mil) e a Extração Mineral (-230), entre as micro e pequenas empresas, terminaram o mês de maio com mais demissões do que contratações.
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