ESTADOS PERDERAM R$ 47 BILHÕES COM LEI KANDIR, DIZ DEPUTADO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA

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ESTADOS PERDERAM R$ 47 BILHÕES COM LEI KANDIR, DIZ DEPUTADO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA


A perda dos estados e do Distrito Federal com a Lei Kandir (Lei Complementar 87/96) chegou a R$ 47,3 bilhões em 2015. O número foi apresentado nesta quarta-feira (17) pelo deputado Júlio Cesar (PSD-PI), em audiência pública promovida pela comissão especial que discute o projeto (Projeto de Lei Complementar 221/98) que propõe mudanças na lei.

Júlio Cesar foi convidado pela comissão por ser estudioso do assunto. O número apresentado pelo deputado foi calculado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), sediada em Belém (PA).
A Lei Kandir retirou o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) das exportações de produtos primários e semielaborados. O objetivo foi dar competitividade ao produto brasileiro. A desoneração, no entanto, atingiu em cheio as finanças dos estados e municípios, que recebem 25% do tributo estadual.
Ranking
Segundo Júlio Cesar, os estados que mais perderam foram os exportadores de commodities, como o Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Pará. O primeiro é exportador de cereais; os dois últimos de minérios.
O deputado afirmou que as compensações feitas pela União, determinadas pela lei, não foram suficientes para cobrir a perda de receita com a isenção. Ele defendeu mudanças urgentes na lei. “Entendo que a Lei Kandir tem que ser revista, tem que compensar na integralidade”, disse.
Júlio Cesar deu duas sugestões ao relator da comissão especial, deputado José Priante (PMDB-PA). A primeira, é que a compensação da União leve em conta o saldo da balança comercial (exportação menos importação) de cada estado. Por este critério, quanto maior a exportação, maior é a compensação. Hoje, a compensação é feita com base em percentuais definidos pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
A segunda sugestão é a suspensão do pagamento das dívidas, com a União, dos estados mais prejudicados, por um prazo. O deputado Priante não se comprometeu com as sugestões, mas disse que é favorável à discussão sobre o que deixou de ser arrecadado pelos estados. “É um direito que esses entes têm”, afirmou.
Decisão
Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu o prazo de um ano para o Congresso Nacional aprovar uma lei fixando critérios, prazos e condições da compensação federal pela desoneração do ICMS.
A decisão foi tomada ao final de um julgamento de uma ação ajuizada pelo estado do Pará contra os critérios atuais de repasse da compensação. A comissão especial foi criada com esse intuito. Caso o Congresso não cumpra o prazo, caberá ao Tribunal de Contas da União (TCU) definir as regras de repasse.
Durante a audiência pública, diversos parlamentares apontaram a necessidade de construir um acordo com o Senado, o governo federal e os estados para que a legislação seja aprovada a tempo, para que a definição do repasse não fique para o TCU. “Temos um ano para fazer isso e já perdemos uns três meses. Precisamos correr com isso, se não mais uma vez estaremos nos omitindo”, disse o deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA).
O deputado José Priante disse que a dificuldade será encontrar um texto de consenso em um contexto de crise fiscal. “Precisamos encontrar é uma saída técnica, num momento político difícil”, disse.
Audiências
A comissão especial, que é presidida pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), aprovou hoje uma série de requerimentos para realização de audiências públicas. Entre as pessoas que serão convidadas estão o coordenador dos secretários de Fazenda no Confaz, André Horta Melo, e o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel.
Os deputados aprovaram também a realização de seminários nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Bahia e Rio Grande do Sul, para discutir a nova compensação da desoneração do ICMS sobre as exportações.
Por Agência Câmara 

 Lei Kandir: Wellington cobra participação de prefeitos e agilidade da Câmara
As perdas no RGS.

LEI KANDIR: WELLINGTON COBRA PARTICIPAÇÃO DE PREFEITOS E AGILIDADE DA CÂMARA
São 20 anos de espera pela regulamentação do ressarcimento a Estados e municípios



Reconhecido como um dos principais líderes da pauta municipalista no Congresso Nacional, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) pediu nesta terça-feira, 7, a prefeitos e governadores.
Que intensifiquem a mobilização junto ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que ele coloque em votação o Projeto de Lei 511/2018, que regulamenta a Lei Kandir.
A norma trata de compensações pela desoneração de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) concedida aos Estados exportadores de produtos primários e semielaborados.
O PLS, relatado por Fagundes na Comissão Especial Mista do Congresso, prevê a elevação da compensação para R$ 39 bilhões ao ano. Desse total, 25% cabe aos municípios.
“Só quem faz a gestão direta do município sabe a importância desses recursos para fechar as contas e garantir o pagamento de importantes segmentos de trabalhadores, como professores e profissionais da saúde”.
“Mas o Congresso é um caldeirão que precisa de fogo e pressão. E vocês, prefeitos, são capazes de fazê-lo”, ressaltou o senador.
Junto ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, também nesta terça-feira, Wellington recebeu novamente a garantia de que o projeto será posto em votação no Plenário do Senado tão logo seja aprovado na Câmara.
Na Comissão de Infraestrutura da Casa, ao lamentar que o governador Pedro Taques não tem comparecido no Parlamento para pressionar sobre o tema, o senador pediu ao governador do Pará, Simão Jatene, que ajude a intervir junto ao presidente da Câmara.
Na manhã do mesmo dia, Fagundes participou da Mobilização Municipalista realizada na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília, que discutiu a pauta prioritária de projetos em tramitação nas casas legislativas.

As mudanças na Lei Kandir, realizadas com base na reconhecida falta de regulamentação dos repasses é considerada essencial para o reequilíbrio do chamado “Pacto Federativo”.
Em uma decisão, o Supremo Tribunal Federal determinou que agosto deste ano é o prazo máximo para que o Congresso Nacional edite lei complementar definindo o cálculo das transferências para fins de compensação de ICMS pela desoneração nas exportações.
Findado o prazo, o Tribunal de Contas da União (TCU) é quem fica com a prerrogativa de tratar do assunto.
Na Mobilização Municipalista, o senador Wellington pediu a formação de uma comitiva de prefeitos para uma reunião com o ministro Gilmar Mendes, da Suprema Corte, que relatou a matéria.
“Essa é uma responsabilidade do Congresso Nacional e não podemos abrir mão da prerrogativa” – disse.
Na ocasião, o republicano voltou a destacar a importância dos quase R$ 10 bilhões anuais previstos somente para as prefeituras. Desses, R$ 1,5 bi são destinados aos municípios de Mato Grosso.
Estima-se que, em 20 anos, os repasses efetuados pela União cobriram apenas 17,8% do total das perdas, que podem ter chegado a R$ 548,7 bilhões.
O presidente em exercício da CNM, Glademir Aroldi, adiantou que o grupo já pensa em indicar rubricas para contribuir com o Governo nesses repasses, mesmo sabendo que as transferências são de obrigação única da União.
Outra bandeira defendida pela CNM  é a aprovação do projeto de lei 461/17, que aguarda inclusão na pauta do Plenário da Câmara e busca facilitar o recolhimento do Imposto sobre Serviços  (ISS) nos municípios.
São cerca de R$ 6,6 bilhões distribuídos entre as cidades, em uma luta de mais de cinco anos. Mato Grosso ficará com cerca de R$ 800 milhões.

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