POLICIA DO DF INVESTIGA QUADRILHA DE CONTADORES E EMPRESAS FANTASMAS
POLÍCIA CIVIL INVESTIGA ESQUEMA DE
SONEGAÇÃO FISCAL EM ESCRITÓRIOS DE CONTABILIDADE
O grupo, formado por contadores,
teria criado pelo menos 30 empresas fantasmas e movimentado cerca de R$ 600
milhões, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 100 mi aos cofres público.s
Um esquema de sonegação de impostos
envolvendo escritórios de contabilidade do Distrito Federal causou um prejuízo
de cerca de R$ 100 milhões aos cofres públicos. Em razão disso, a Polícia
Civil deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta quinta (10), a Operação Hi
Fi, que objetivou no cumprimento de mandados de condução coercitiva e de busca
e apreensão em escritórios de contabilidade do DF.
Segundo a Coordenação de Repressão
aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), que
conduz as investigações, o grupo, formado por contadores, teria movimentado
cerca de R$ 600 milhões com a criação de pelo menos 30 empresas fantasmas. O
principal objetivo era a sonegação fiscal.
Empresários do ramo de bebidas e
cereais, conforme explica o delegado Jeferson Lisboa, reclamavam com seus
contadores sobre o valor de impostos que estavam pagando nos negócios. O
contador então, decidia abrir empresas fantasmas e, com isso, os gestores
passavam a pagar valores irrisórios sobre seus produtos.
Investigação
Pelo menos 20 contadores são investigados
pelo crime, que ocorre desde 2014. Ainda de acordo com o delegado, empresários
com uma grande movimentação financeira chegavam a abrir até três empresas
fantasmas. O terceiro maior escritório de contabilidade do Brasil, que fica em
Taguatinga, também é investigado por suspeita de envolvimento. O delegado, no
entanto, evitou passar maiores detalhes para não prejudicar o andamento das
investigações.
A polícia cumpriu os mandados nas
cidades de Planaltina, Park Way, Taguatinga, Ceilândia e Vicente Pires. Ninguém
foi preso. Contudo, diversos documentos e computadores foram apreendidos.
Jornal de Brasília
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