ECONOMISTAS PIORAM PREVISÕES.MAIS INFLAÇÃO ATÉ DEZEMBRO
Economistas pioram previsões e agora esperam que inflação feche 2015 no
patamar mais alto desde 2002.
BRASÍLIA - A recessão econômica deste
ano deve ser mais profunda e já condenou o país a não retomar o crescimento no
ano que vem. Depois do maior contágio da crise política na economia, na semana
passada, os economistas do mercado financeiro revisaram as projeções. A aposta
para a retração da atividade em 2015 passou de 1,8% para 1,97%. Já para o ano
que vem, a previsão de crescimento caiu de 0,2% para zero. Para completar um
quadro ruim, os especialistas esperam mais inflação.
De acordo com a pesquisa semanal
feita pelo Banco Central com as principais instituições financeiras, as
estimativas para o IPCA, índice usado oficialmente no sistema de metas subiu de
9,25% para 9,32% neste ano. Foi a 17ª alta seguida. Se confirmado o percentual,
será a maior inflação desde 2002.
Patinando desde 2012
Com a estilingada do dólar na semana passada, aumentou a desconfiança do mercado financeiro em relação à promessa do BC de fazer a inflação chegar na meta em 2016. O levantamento mostra que a perspectiva para o IPCA subiu de 5,4% para 5,43% no ano que vem.
Com a estilingada do dólar na semana passada, aumentou a desconfiança do mercado financeiro em relação à promessa do BC de fazer a inflação chegar na meta em 2016. O levantamento mostra que a perspectiva para o IPCA subiu de 5,4% para 5,43% no ano que vem.
Mesmo com previsões piores para os
preços, os analistas mantiveram a aposta que o BC terminou o ciclo de aumento
dos juros. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) disse - na
ata da última reunião - reafirmou que a alta estaria no fim, mas deixou a porta
aberta para mais reajustes na Selic “em caso de desvios significativos das
projeções de inflação em relação à meta”.
Desde agosto do ano passado, o BC aumenta a
Selic. Passou de 11% ao ano para os atuais 14,25% ao ano. Mesmo assim, os dados
acumulados mostram resistência.
MENOS DE 2% DE PEQUENOS EMPRESÁRIOS
APROVA DILMA
Mais de 77%
das pequenas e médias empresas (PMEs) no
Brasil avaliam o segundo mandato de Dilma Roussef como péssimo para os
negócios. O índice é fruto da recente pesquisa da Consultoria Doctor Trade,
especializada em assessoria e gestão empresarial para PMEs. Segundo o
levantamento, menos de 2% avaliam as políticas econômicas do governo Dilma como
boas ou ótimas. E pouco mais de 20% consideram a atuação da presidente como
regular.
A pesquisa
foi realizada com mais de 150 representantes de pequenas e médias empresas
espalhadas pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
Entre o público pesquisado, encontram-se companhias dos setores de alimentação,
de varejo e de serviços.
Quando
questionados sobre os fatores que levaram ao baixo nível de avaliação, mais de
20% das PMEs apontam a desaceleração da economia e a alta da inflação no
primeiro semestre. Entretanto, quase 15% afirmam que as questões internas têm
mais impacto nos negócios do que a política de governo.
De acordo
com Henriley Domingos, diretor da Doctor Trade, as PMEs são as primeiras a
sentir os efeitos negativos de uma economia em queda, como acontece no Brasil.
“Justamente por isso a avaliação do governo tem um alto índice de rejeição
entre esses empresários”, explica Domingos.
Entretanto,
segundo o consultor, os fatores internos de uma empresa são determinantes para
o sucesso ou fracasso de um negócio. “Com um bom planejamento estratégico e uma
boa gestão do negócio, o impacto do ambiente externo tende a ser bem menor”,
completa.
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