“BRASIL TEM TODOS OS ELEMENTOS PARA O CRESCIMENTO”, AFIRMA LACERDA
“BRASIL TEM TODOS OS ELEMENTOS PARA O CRESCIMENTO”, AFIRMA LACERDA
No seminário Brasil 2020 – Rumos da
Economia Brasileira, o economista Antônio Corrêa de Lacerda fala sobre as “boas
notícias” para a indústria nacional
A economia brasileira tem todas as
condições para o crescimento no mercado nacional e internacional. Isso é o que
afirmou o economista Antônio Corrêa de
Lacerda durante o seminário Brasil 2020 – Rumos da Economia Brasileira,
promovido pelo Seminários Brasileiros nesta sexta-feira, dia 4.
No painel “Obstáculos da Economia: decisões
e gestão”, o economista falou sobre as “boas notícias”para a indústria
nacional. “Temos todos os elementos para isso (crescimento da produção
industrial), só depende da nossa vontade política e de uma serenidade entre a
tomada de decisão, o planejamento e a ação”, disse.
Como ações para esse crescimento, o
economista apontou a necessidade de qualificar a produção industrial
brasileira. “Temos que criar condições para ampliar a qualidade das nossas
importações. O Brasil conta hoje com bons instrumentos de financiamento
público. Antes, a política industrial era inexistente e hoje existe essa
preocupação”, afirmou.
A qualificação, porém, deve acontecer
não apenas com o foco no mercado internacional. Os brasileiros, com a atual
ascensão das classes B e C, têm cada
vez mais condições de consumo e é cada vez mais exigente. “Temos a grande
oportunidade de fortalecer e internacionalizar as nossas empresas, sem
desatender o mercado interno. Para isso,
não podemos esvaziar o mercado interno, temos que criar novas filiais das
nossas empresas no exterior”, disse Lacerda.
Como resultados do aumento do poder
aquisitivo da população, Lacerda aponta um “descompasso entre a demanda e a
capacidade produtiva brasileira”.
Segundo ele, esse descompasso gera o aumento da importação,
especialmente em setores como os de máquinas e equipamentos eletrônicos.
“O Brasil se vê às voltas com um novo
momento de superação de desafios, que ainda não está sendo aproveitado para a
ampliação do conteúdo local, especialmente na produção industrial”, disse,
acrescentando que a indústria do País ainda não se beneficia da realidade
econômica da população. ”Estamos desde setembro de 2008 com a produção
industrial estagnada. (…) O Brasil perdeu espaço em relação à produção
internacional no seu próprio mercado”, disse.
De acordo com o economista, o mercado
externo também não vem sendo bem atendido. “A exportação brasileira é
dependente dos produtos básicos e o Brasil mantém uma balança comercial
superavitária que tem a ver com a geração
de produtos com menor valor agregado. Temos uma balança comercial desfavorável
em relação a produtos com maior valor agregado”, diz.
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