TAXA DE CONDOMINIO-JUSTA OU INJUSTA? ENTENDA-A.
TAXA DE CONDOMINIO: JUSTA OU INJUSTA? É MELHOR ENTENDÊ-LA.
Se o
pagamento é obrigatório, melhor entender a taxa condominial
Os
moradores pagam mensalmente e a administração deve calcular, recolher,
gerenciar e prestar conta.
A taxa de
condomínio é despesa fixa e ninguém pode discutir a sua validade. Mas saber que
é pagamento a ser efetuado não tira a responsabilidade do consumidor em
entender o que é e como é calculada. É com esses pagamentos que a administração
vai realizar a manter o todo em funcionamento.
A cota de
condomínio é o rateio mensal, entre os moradores, das despesas gerais e a
administração deverá calcular, recolher e gerir esses recursos. A conta para se
chegar ao valor devido por unidade é a soma das diversas despesas dividindo o
valor total apurado pelo número de unidades no condomínio.
Mesmo sendo
conta simples, nem sempre os condôminos ficam satisfeitos e podem apresentar
discordância. Neste caso, o síndico tem por tarefa juntar os moradores e chegar
a uma nova solução, definindo cortes ou mesmo ajuste em qualquer área do
condomínio.
Já que o
cálculo da taxa individual é fruto da soma e divisão pelo número de
participantes no rateio, o vice-presidente de Administração Imobiliária e
Condomínios do Secovi-SP, Hubert Gebara, tem uma sugestão: primeiro é preciso
contabilizar todas as despesas ordinárias do condomínio, ou seja, aquelas que
precisam ser pagas para que tudo funcione normalmente. Não se pode, por
exemplo, deixar de pagar empregados, nem optar por não recolher os encargos
sociais. Essas despesas, juntas, representam de 40% a 50% das consideradas
ordinárias, em média.
Além
dessas, é preciso levar em consideração, e também são consideradas despesas
ordinárias, os gastos com água (se não existirem hidrômetros individuais),
energia gasta com iluminação nas áreas comuns e elevadores, e o IPTU (Imposto
Predial Territorial Urbano).
Os valores
devem ser somados para um período de 12 meses, isto é, para fazer o cálculo de
quanto se gastará por um ano e não apenas por um mês. A projeção do valor deve
ser ajustada por algum índice inflacionário. Depois disso o valor total deve
ser dividido pelo número total de apartamentos ou casos ou pela fração ideal de
cada moradia. O valor individual vai, depois disso, ser aprovado em assembleia,
no primeiro semestre de cada ano.
Um lembrete
importante: no mês de outubro a categoria dos empregados de condomínios têm
dissídio, portanto os salários serão reajustados. Outro lembrete fornecido por
Gebara: funcionários têm férias, 13º salário, além do dissídio de outubro,
portanto é preciso contabilizar dois salários (um de janeiro a setembro e,
depois, um corrigido pela inflação, a partir de outubro).
TAXA MENSAL
O QUE FAZER QUANDO O VALOR É MUITO ALTO
Nem todos
os moradores aprovam o valor pago pela taxa de condomínio e, quando isso
acontece, só existe um caminho: reduzir o orçamento. O que se pode fazer, neste
caso, é montar um grupo e estudar onde existe gordura no orçamento e propor a
redução daquele gasto específico.
Os
condôminos podem se reunir e começar pelo quadro de funcionários, analisando se
o número atende a situação de forma justa ou se ali existe pessoal demais.
Neste caso, é bom analisar se, ao enxugar pessoal, se a segurança ou a limpeza não
ficam desatendidos. A segurança, aliás, é um ponto muito importante, já que
trocar funcionários simplesmente, para diminuir salários, às vezes significam
um custo alto em ocorrências.
Às vezes, a
manutenção de um quadro específico, mesmo que signifique um custo maior, pode
ajudar no quesito segurança. Lembre-se que fidelizar um funcionário ao
condomínio é uma garantia maior de ocorrências fora de seus portões.
SERVIÇO
O PASSO-A-PASSO PARA DEFINIR A MELHOR TAXA MENSAL
1. Some as
despesas ordinárias do condomínio para um total de 12 meses, lembrando que o
cálculo de um mês não alcança todo o período
2. Atualize
o valor por um índice de inflação, pois os custos aumentarão no decorrer do
período de validade daquela taxa
3. Divida o
valor final pelo número de habitações ou fração ideal
4. Despesas
extras, tais como fundo de reserva e dinheiro para obras, poderão ou não ser
acrescidas no valor obtido
5. Se os
moradores considerarem o valor da taxa muito alto, o ideal é que se reúnam,
formem uma comissão e revejam o orçamento, para conseguir, por fim, cortar
gastos.
Fonte: iCondominial
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