PRODUÇÃO INDUSTRIAL AVANÇA 0,6% NO MELHOR ABRIL DESDE 2013
ECONOMIA
PRODUÇÃO INDUSTRIAL AVANÇA 0,6% NO MELHOR ABRIL DESDE 2013
A produção industrial brasileira
fechou abril com crescimento de 0,6% frente a março. É o melhor resultado desde
abril de 2013 quando a pesquisa registrou 0,9%. No entanto, o resultado
acumulado nos primeiros quatro meses do ano é negativo: 0,7%.
Os dados fazem parte da Pesquisa
Industrial Mensal – Produção Física Brasil (PIM-PF), divulgados na sexta-feira,
2, no Rio de Janeiro, e indicam que a alta de abril, na série livre de
influências sazonais, elimina parte da queda de 1,3% verificada em março.
Dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) indicam, por outro lado, que quando comparado
com abril de 2016 (série sem ajuste sazonal), o total da indústria apontou
recuo de 4,5%, registrando a queda mais intensa nesta base de comparação desde
os -7,5% de outubro do ano passado.
Com o recuo de 3,6% em abril de
2017, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, prosseguiu
com a redução no ritmo de queda iniciada em junho do ano passado, quando a
retração foi de 9,7%.
O crescimento de 0,6% anotado entre
março e abril deste ano reflete, segundo o IBGE, expansão em três das quatro
grandes categorias econômicas e em 13 dos 24 ramos da indústria pesquisados.
Categorias econômicas
O crescimento de 0,6% da produção
industrial brasileira entre março e abril, além de refletir a expansão em três
das quatro grandes categorias econômicas, traz resultados mais acentuados para
duas delas: bens intermediários e bens de consumo duráveis.
Segundo o IBGE, ao crescer 2,1%
(bens intermediários) e 1,9% (bens de consumo duráveis), as duas categorias
reverteram os recuos registrados em março último: -2,5% e -7,2%,
respectivamente. O segmento de bens de capital (1,5%) também assinalou avanço
nesse mês e eliminou parte da queda de 2,2% observada no mês anterior.
O setor produtor de bens de consumo
semi e não duráveis, ao fechar em queda de 0,8% entre março e abril, além de
ser a única das grandes categorias com resultado negativo, completou em abril o
terceiro mês consecutivo de redução na produção, acumulando no período retração
de 4%.
Ramos da indústria
O avanço de 0,6% da atividade
industrial na passagem de março para abril de 2017 teve também predomínio de
resultados positivos entre os ramos da indústria, com crescimento em 13 dos 24
setores pesquisados.
Entre as principais influências
positivas estão produtos farmoquímicos e farmacêuticos, cujo crescimento chegou
a 19,8%; veículos automotores, reboques e carrocerias (3,4%); coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (2%) e máquinas e equipamentos (4,9%).
Outras contribuições positivas
importantes sobre o total da indústria vieram de perfumaria, sabões, produtos
de limpeza e de higiene pessoal (2,4%), de equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e óticos (6,7%), de móveis (8,8%) e de produtos diversos
(7,6%).
Já entre os onze ramos que
reduziram a produção neste mês, o desempenho de maior relevância para a média
global foi assinalado por indústrias extrativas (-1,4%), que completou o
terceiro mês seguido de queda e acumulou no período perda de 2,9%.
Queda acumulada no ano
Os dados divulgados pelo IBGE
indicam que a queda acumulada de 0,7% nos primeiros quatro meses do ano, frente
a igual período de 2016, decorre de resultados negativos em duas das quatro
grandes categorias econômicas, em 12 dos 26 ramos, em 39 dos 79 grupos e em
49,6% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as grandes categorias
econômicas, o perfil dos resultados negativos para os quatro primeiros meses de
2017 mostrou menor dinamismo para bens de consumo semi e não duráveis (-3%) e
bens intermediários (-1%).
Já os segmentos de bens de consumo
duráveis, que fechou o período janeiro-abril com crescimento de 8,7%, e de bens
de capital (1,9%) assinalaram as outras duas taxas positivas no índice
acumulado no ano.
O crescimento de bens de consumo
duráveis foi, em grande parte, impulsionado pela ampliação na fabricação de
automóveis, que expandiu no ano 14% e de eletrodomésticos, com 13,5%. Já a
expansão de bens de capital decorreu do comportamento positivo de bens de
capital agrícola (27,5%) e da construção (22,8%).
Ainda no resultado negativo no
acumulado do ano, entre as atividades pesquisadas as maiores influências foram
exercidas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-9,1%) e
produtos alimentícios (-6,2%).
Outras contribuições negativas
relevantes sobre o total nacional vieram de produtos farmoquímicos e
farmacêuticos (-15,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%),
de outros equipamentos de transporte (-9,5%), de produtos de minerais não metálicos
(-3,3%) e de impressão e reprodução de gravações (-11,5%).
Já entre as 14 atividades que
apontaram ampliação na produção, as principais influências no total nacional
foram registradas por indústrias extrativas (7,2%) e veículos automotores,
reboques e carrocerias (8,9%).
Agencia Brasil.
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