MANIFESTAÇÕES PRÓ-BOLSONARO ESTÃO RACHANDO OSL
O
PSL
decide nesta terça-feira, 21, em reunião em Brasília de suas bancadas na Câmara
e no Senado, se apoia oficialmente ou não a manifestação convocada para
domingo por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O ato está previsto
para ocorrer em várias capitais e tem como principais pautas a defesa do
governo e da reforma da Previdência.
Apesar
do alinhamento dos atos com a agenda de Bolsonaro, membros do partido avaliam
que o movimento, convocado por sites e páginas nas redes sociais bolsonaristas,
pode descambar para um ataque às instituições, como Congresso e Supremo
Tribunal Federal, e, com isso, desandar ainda mais a articulação política do
governo.
O
tema divide o partido. Uma das principais vozes contrárias é a da líder do
governo no Congresso, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), que
acha que as manifestações podem afastar aqueles que defendem a aprovação das
propostas de Bolsonaro.
“Temos
um Congresso que está disposto a votar a matéria, um grupo de líderes disposto
a seguir com as votações. O que tem que acontecer é uma boa conversa e todo
mundo baixar a guarda. Chega de clima beligerante. Não se consegue aliados
atacando pessoas. Não vamos conseguir aliados atacando aqueles que podem votar
conosco nos textos que são importantes para o governo”, criticou.
O
presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PSL-PE), que convocou a
reunião desta terça-feira, também é contra por achar que não há sentido fazer
manifestação para apoiar um presidente eleito que está no começo do
mandato. “(Bolsonaro) não precisa porque ele foi institucionalmente e
democraticamente alçado ao poder. Não cometeu nenhum crime de improbidade, não
cometeu nenhum crime administrativo. Tem uma rede social imensa”, disse.
Mesmo
longe do círculo de poder bolsonarista, a deputada estadual Janaina Paschoal
(PSL-SP), uma das estrelas do partido, também ataca a ideia de promover os
atos. “Essas manifestações não têm racionalidade. O presidente foi eleito para
governar nas regras democráticas, nos termos da Constituição Federal “, afirmou
em um dos posts sobre o tema que publicou em seu perfil no Twitter.
Ela
também se negou a convocar as manifestações. “Pelo amor de Deus, parem as
convocações! Essas pessoas precisam de um choque de realidade. Não tem sentido
quem está com o poder convocar manifestações! Raciocinem! Eu só peço o básico!
Reflitam!”, escreveu.
A
FAVOR
Do
outro lado, líderes do partido estão ativamente trabalhando pela manifestação,
como os deputados federais Carla Zambelli, Alexandre Frota e Coronel Tadeu e o
senador Major Olímpio, todos de São Paulo.
“Eu
acho toda manifestação válida, é a voz das ruas, um ato democrático e de
liberdade”, afirmou Frota. De acordo com o deputado, os atos representam
apoio não apenas a Bolsonaro, mas a medidas do governo, como o pacote
anticrime. “A minha posição é a de sempre desde 2014. Eu luto pelo Jair. A
esquerda faz seu trabalho sujo, mas a gente passa por cima”, disse.
Major
Olímpio diz que as manifestações
serão importantes para ajudar Bolsonaro a criar um “país melhor”. “Amigos do
PSL e todos os brasileiros que lutam e querem um país melhor, precisamos apoiar
e demonstrar a força do nosso presidente Jair Bolsonaro. É nas ruas, é já”,
postou no Twitter.
MSN.COM
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