CÂMARA LEGISLATIVA 2014: A VERGONHA E A BANDALHEIRA CONTINUAM
Câmara Legislativa: Verba de gabinete dos distritais engorda 80%
Os gastos com funcionários comissionados que trabalham
diretamente
com cada parlamentar subirão para R$ 173,6 mil a partir da próxima
quarta-feira. Em 2009, esse valor somava R$ 97 mil. Lei
aprovada na época abriu brecha para mais cargos
diretamente
com cada parlamentar subirão para R$ 173,6 mil a partir da próxima
quarta-feira. Em 2009, esse valor somava R$ 97 mil. Lei
aprovada na época abriu brecha para mais cargos
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Plenário da Câmara Legislativa: além da lei que amplia o número de cargos comissionados, a verba de gabinete foi inflada por reajustes salariais |
Sem alarde e aos poucos, os deputados distritais praticamente dobraram,
nos últimos quatro anos, as despesas com servidores de seus gabinetes.
Em 2009, a Casa aprovou uma lei que abre brecha para o aumento de cargos dos comissionados que trabalham diretamente com os parlamentares.
Diante disso e dos reajustes salariais concedidos aos funcionários da Casa,
a verba de gabinete passou de R$ 97 mil para quase R$ 158 mil por deputado,
este ano. A partir de quarta-feira, esse total passará para R$ 173,6 mil, ou 80%
a mais que antes da aprovação da norma.
nos últimos quatro anos, as despesas com servidores de seus gabinetes.
Em 2009, a Casa aprovou uma lei que abre brecha para o aumento de cargos dos comissionados que trabalham diretamente com os parlamentares.
Diante disso e dos reajustes salariais concedidos aos funcionários da Casa,
a verba de gabinete passou de R$ 97 mil para quase R$ 158 mil por deputado,
este ano. A partir de quarta-feira, esse total passará para R$ 173,6 mil, ou 80%
a mais que antes da aprovação da norma.

Os números são ainda mais expressivos quando contabilizadas as despesas
dos gabinetes de todos os 24 deputados. Por mês, os servidores
comissionados recebem R$ 3,7 milhões. Em um ano, a bolada chega a
R$ 50,5 milhões (leia quadro). Com esse dinheiro, seria possível,
por exemplo, construir 25 escolas públicas.
O aumento ocorreu após a Câmara Legislativa aprovar, em junho de 2009,
projeto de lei que institui o plano de cargos, carreira e remuneração da Casa.
No texto, além da composição ideal de servidores por gabinete,
foram autorizadas nomeações extras (confira O que diz a Lei),
que aumentaram o número de cargos. Em vez de 12 por gabinete,
o total passou para 17.
projeto de lei que institui o plano de cargos, carreira e remuneração da Casa.
No texto, além da composição ideal de servidores por gabinete,
foram autorizadas nomeações extras (confira O que diz a Lei),
que aumentaram o número de cargos. Em vez de 12 por gabinete,
o total passou para 17.
A Lei nº 4.342/2009, em seu artigo 41, trata da quantidade de servidores
por gabinete, originalmente de 12 pessoas. No entanto, como prevê a regra,
os distritais podem desdobrar esse número, distribuindo a verba disponível
e chegar à quantidade de 23 cargos.
Na prática, a maioria dos distritais trabalha com essa ocupação integral,
chegando a reunir até 28 servidores. Além disso, a verba também foi
acrescida do reajuste salarial concedido aos servidores da Câmara,
nos últimos três anos — 5% em 2011 e 2012; 8% em 2013; e 10%,
previstos para janeiro de 2014.
por gabinete, originalmente de 12 pessoas. No entanto, como prevê a regra,
os distritais podem desdobrar esse número, distribuindo a verba disponível
e chegar à quantidade de 23 cargos.
Na prática, a maioria dos distritais trabalha com essa ocupação integral,
chegando a reunir até 28 servidores. Além disso, a verba também foi
acrescida do reajuste salarial concedido aos servidores da Câmara,
nos últimos três anos — 5% em 2011 e 2012; 8% em 2013; e 10%,
previstos para janeiro de 2014.
O texto foi validado por diversos deputados, muitos da legislatura anterior,
como Leonardo Prudente, na época presidente da Câmara. Alírio Neto (
PEN), hoje secretário de Justiça do DF, e os atuais deputados distritais
Patrício (PT) e Benedito Domingos (PP) também assinaram o projeto.
Eliana Pedrosa (PPS) teria ajudado na articulação, mas não validou a
proposta. Procurada, ela disse não se lembrar da discussão do assunto na Casa.
como Leonardo Prudente, na época presidente da Câmara. Alírio Neto (
PEN), hoje secretário de Justiça do DF, e os atuais deputados distritais
Patrício (PT) e Benedito Domingos (PP) também assinaram o projeto.
Eliana Pedrosa (PPS) teria ajudado na articulação, mas não validou a
proposta. Procurada, ela disse não se lembrar da discussão do assunto na Casa.
Patrício, por sua vez, afirmou que é contra o aumento dos cargos e que,
neste projeto, só votou por ser a favor do plano de cargos e salários.
“A Procuradoria da Casa entendeu, à época, e apresentei, inclusive,
uma emenda supressiva para barrar a possibilidade de terceirização de
funções na nossa estrutura”, ressaltou. Rôney Nemer (PMDB) também
foi um dos parlamentares responsáveis pela autoria do projeto, mas afirma
não se lembrar da matéria. Segundo ele, seria “impossível” os deputados
terem aprovado tal proposta, já que mudanças na estrutura são
definidas pela Mesa. Benedito e Alírio não foram encontrados ontem.
neste projeto, só votou por ser a favor do plano de cargos e salários.
“A Procuradoria da Casa entendeu, à época, e apresentei, inclusive,
uma emenda supressiva para barrar a possibilidade de terceirização de
funções na nossa estrutura”, ressaltou. Rôney Nemer (PMDB) também
foi um dos parlamentares responsáveis pela autoria do projeto, mas afirma
não se lembrar da matéria. Segundo ele, seria “impossível” os deputados
terem aprovado tal proposta, já que mudanças na estrutura são
definidas pela Mesa. Benedito e Alírio não foram encontrados ontem.
Comparação
O valor desembolsado pelos distritais com a verba de gabinete é 125%
maior do que o da Câmara dos Deputados. A verba para os
deputados federais foi fixada pela Mesa Diretora em R$ 78 mil por mês.
E, assim como na Câmara Legislativa, serve para custear o vencimento
dos secretários parlamentares e dos funcionários do gabinete
que não precisam ser servidores públicos.
maior do que o da Câmara dos Deputados. A verba para os
deputados federais foi fixada pela Mesa Diretora em R$ 78 mil por mês.
E, assim como na Câmara Legislativa, serve para custear o vencimento
dos secretários parlamentares e dos funcionários do gabinete
que não precisam ser servidores públicos.
O presidente da Câmara Legislativa, deputado Wasny de Roure (PT),
explicou que parte do aumento pode ser justificada pela inclusão
de servidores da segurança nos gastos do gabinete.
O deputado ressalta que existia uma ação direta de inconstitucionalidade
(Adin) sobre a distribuição dos vigilantes no quadro da Casa e, para resolver
o impasse, os cargos foram transferidos para os gabinetes.
“Tivemos um quadro de 27 servidores na segurança e tinha que ajustar.
Dividimos e ainda colocamos três à disposição da Mesa Diretora.
Mas isso foi feito sem que onerasse a Câmara.
Nesta gestão não houve acréscimo em nenhum centavo de despesa com
pessoal”, garante.
explicou que parte do aumento pode ser justificada pela inclusão
de servidores da segurança nos gastos do gabinete.
O deputado ressalta que existia uma ação direta de inconstitucionalidade
(Adin) sobre a distribuição dos vigilantes no quadro da Casa e, para resolver
o impasse, os cargos foram transferidos para os gabinetes.
“Tivemos um quadro de 27 servidores na segurança e tinha que ajustar.
Dividimos e ainda colocamos três à disposição da Mesa Diretora.
Mas isso foi feito sem que onerasse a Câmara.
Nesta gestão não houve acréscimo em nenhum centavo de despesa com
pessoal”, garante.
Dinheiro nas meias
Leonardo Prudente foi flagrado em um vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do escândalo conhecido como Mensalão do DEM.
Nas imagens, ele aparece guardando dinheiro nas meias.
Ele também protagonizou, com o ex-distrital Júnior Brunelli e Durval,
o vídeo conhecido como “oração da propina”, em que agradecem pela
bolada recebida.
Nas imagens, ele aparece guardando dinheiro nas meias.
Ele também protagonizou, com o ex-distrital Júnior Brunelli e Durval,
o vídeo conhecido como “oração da propina”, em que agradecem pela
bolada recebida.
O que diz a lei
De acordo com a Lei nº 4.342/2009, a composição ideal do gabinete
é de dois Cargos de Natureza Especial (CNE), seis Cargos Especiais
de Gabinete (CL-14), dois Cargos Especiais de Gabinete (CL-09) e
dois Cargos Especiais de Gabinete (CL-06). A soma dos valores
remuneratórios de todos eles poderá ser distribuída conforme escolha do
parlamentar, até o limite de 23 servidores por gabinete. Porém, conforme
o artigo 41 da referida norma, além dos cargos previstos na composição
ideal, cada deputado (são 24) poderá contratar mais dois cargos em c
omissão de nível CNE cada um, dois Cargos de Segurança Parlamentar (CL-07)
e mais um Cargo Especial de Gabinete (CL-01).
é de dois Cargos de Natureza Especial (CNE), seis Cargos Especiais
de Gabinete (CL-14), dois Cargos Especiais de Gabinete (CL-09) e
dois Cargos Especiais de Gabinete (CL-06). A soma dos valores
remuneratórios de todos eles poderá ser distribuída conforme escolha do
parlamentar, até o limite de 23 servidores por gabinete. Porém, conforme
o artigo 41 da referida norma, além dos cargos previstos na composição
ideal, cada deputado (são 24) poderá contratar mais dois cargos em c
omissão de nível CNE cada um, dois Cargos de Segurança Parlamentar (CL-07)
e mais um Cargo Especial de Gabinete (CL-01).
Fonte: Camila Costa - Correio Braziliense.
E: BLOG INFORMANDO E DETONANDO.
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