OPERÁRIOS DA INDUSTRIA AUTOMOBILÍSTICA PROCURAM FUGIR DA CRISE EM SEUS EMPREGOS.
OPERÁRIOS DA VOLKSWAGEN EM TAUBATÉ REJEITAM CONGELAR SALÁRIOS
SÃO PAULO -
Trabalhadores da Volkswagen na fábrica de Taubaté, no interior paulista,
rejeitaram hoje a proposta apresentada pela montadora que previa congelamento
dos salários e outras medidas para evitar demissões na unidade, onde é
produzido o subcompacto Up!, além do sedã Voyage e o hatch Gol.
Segundo o sindicato dos metalúrgicos
da região, cerca de 90% dos operários reprovaram o acordo coletivo negociado
nos últimos três meses com a montadora durante assembleia conjunta das equipes
do primeiro e segundo turno. A entidade diz que vai notificar a empresa sobre o
resultado da votação e se coloca à disposição para discutir uma nova proposta.
A Volks não vai se manifestar sobre a
decisão dos trabalhadores. Na quarta-feira, porém, informou que vinha
negociando com o sindicato uma “proposta balanceada” para adequar a estrutura
de custos e efetivo na fábrica de Taubaté, assegurando assim a sustentabilidade
do negócio.
A pauta reprovada hoje buscava
revisar um acordo celebrado há mais de três anos e que estabelece aumento dos
salários de 2% acima da inflação em março de 2016. A ideia da montadora era
trocar esse reajuste por um abono, não incorporado ao salário, de R$ 8,8 mil.
Fora isso, a proposta incluía
mecanismos para a companhia administrar o excesso de mão de obra na fábrica,
estimado em 500 trabalhadores, ou cerca de 11% do efetivo de 4,5 mil
funcionários. Além do “layoff” (suspensão temporária de contratos de trabalho),
ferramenta já usada em Taubaté, o pacote previa a abertura de um programa de
demissões voluntárias (PDV), incentivos à antecipação de aposentadoria e a
possibilidade de adesão ao PPE, o programa de proteção ao emprego que permite
às empresas reduzir temporariamente em até 30% jornadas e gastos com salários,
em troca da garantia de manutenção dos empregos.
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METALÚRGICOS DA GM EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ENTRAM EM GREVE
SÃO PAULO - Os
metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) entraram em
greve por tempo indeterminado contra as demissões feitas pela montadora no fim
de semana. A paralisação foi aprovada em assembleia realizada na manhã desta
segunda-feira, que contou com a presença de pelo menos 4 mil trabalhadores. A
GM de São José possui cerca de 5,2 mil empregados e produz a picape S10 e o
utilitário esportivo Trailblazer, além de motores, transmissão e kits para
exportação.
Conforme o Sindicato dos Metalúrgicos
de São José dos Campos e Região, no fim da assembleia, trabalhadores demitidos
rasgaram os telegramas que comunicavam os cortes e foram enviados no sábado
pela GM. Os metalúrgicos pedem a reversão das demissões e estabilidade no
emprego.
“Até agora a GM não informou qual o
número de demissões, mas no domingo cerca de 250 pessoas participaram da
assembleia dos demitidos convocada pelo sindicato”, informou em nota a
entidade.
Os 750 trabalhadores da fábrica que
estavam com o contrato de trabalho suspenso (em “lay-off”) desde março
retornariam às suas posições nesta segunda-feira, mas também aderiram à greve.
“A princípio, eles não devem estar na lista dos demitidos, porque têm
estabilidade garantida pelo acordo assinado entre GM e sindicato”, informou a
entidade.
O sindicato também quer pressionar o
governo federal a adotar medidas imediatas que revertam as demissões, sob a
alegação de que o setor automotivo foi amplamente beneficiado com isenção de
impostos pelo governo. Para a entidade, que é contrária ao Programa de Proteção
ao Emprego (PPE), essa medida reduz salários e não evita demissões.
“Não vamos pagar pela crise criada
pelo governo. A saída para a classe trabalhadora é a luta e a greve iniciada
hoje mostra que os metalúrgicos estão dispostos a lutar”, afirmou, na nota, o
presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, conhecido como Macapá.
ESTADÃO.
ESTADÃO.
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